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Mulheres que comparam relacionamentos
“O da vizinha é sempre melhor”. Não tem jeito, mulher gosta de comparar tudo, e isso inclui maridos ou namorados. Na busca constante da cara-metade, da alma gêmea, melhor dizendo, do companheiro ou parceiro ideal, elas chegam a acreditar que as atitudes do “ex” ou dos que estão com as amigas fazem deles melhores, e assim, surgem cobranças desnecessárias, responsáveis por desgastar o relacionamento.
Depois de tanto colocar na balança os hábitos e defeitos de cada um, Simone Reis*, 28 anos, acredita que o “feitiço virou contra o feiticeiro”. Passou anos fazendo comparações entre os namorados e agora desconfia que o seu parceiro atual esteja fazendo o mesmo. “Sempre procurei as qualidades de um, nos outros, isso é horrível. O meu primeiro namorado (Carlos) tinha um bom emprego, bom papo, me tratava bem e dava conforto. Nos outros relacionamentos procurava essas qualidades e me frustava quando não encontrava”, conta.
Conforme o psicólogo o Bayard Galvão, esse comportamento é algo bastante comum, uma atitude feita para que se evite as mesmas dificuldades nos próximos relacionamentos. “O problema ocorre quando há um enorme aumento da seletividade, e, no entanto, a pergunta ideal seria: quais critérios são, de fato, importantes? Tudo numa pessoa pode incomodar, seja a forma de falar, os gostos, algum aspecto da aparência e ambição. Fica então a pergunta: o que tolerar ou não tolerar no outro?”, aponta.
No segundo relacionamento, com Antonio, a fisioterapeuta preencheu as lacunas que faltavam na relação anterior. Apesar de ter várias qualidades, Carlos não era uma pessoa muito romântica, característica marcante Antonio, o seu último namorado, entretanto, esse era mais novo e não tinha estabilidade financeira. “No final das contas um compensou exatamente o outro. Atualmente comecei outro relacionamento e me sinto muito bem, não faço comparações, nem cobranças. Mas com ele não é assim. Como não teve uma boa experiência antes, acho que procura em mim uma mulher diferente da anterior. Tomara que eu esteja errada” (risos).
O mesmo aconteceu com Carolina Santos, 22 anos. A publicitária namorou com duas pessoas por pouco tempo, o suficiente para fazer cobranças e comparações. “Quando estava com o Marcos, pensava na minha cabeça. Poxa, ele podia me fazer cafuné como o fulano fazia. Bem que ele podia saber cozinhar como o fulano”. Segundo Carolina, os dois tinham em comum característica de homens mais tranqüilos, “cabeça aberta, que gosta de sentar e conversar”. Mas conforme ela relata, um era realmente o oposto do outro.
“Um era ateu, o outro espírita, um gostava de ler, o outro só se fosse HQ”. Um gostava de cozinhar para ela e outro sempre a levava em restaurante requintados, e por aí vai. Depois de tantas diferenças, Carolina chegou a uma conclusão. “Eu sei dos defeitos que eu não quero, a lista pode aumentar ou eu posso achar o cara perfeito amanhã”, brinca.
Na opinião do psicólogo, autor do livro “Razões para os corações”, homens e mulheres comparam seus parceiros com critérios e intensidades diferentes. “Algumas pessoas oferecerão excelente sexo, mas diálogo pobre, ou rico diálogo e sexo insípido, ou diálogo e sexo muito bons e pouca lealdade, ou grande diálogo, sexo e fidelidade, mas querem coisas opostas na vida. Saber o que tolerar ou não é uma virtude e, diga-se de passagem, o que é tolerável hoje pode se tornar intolerável amanhã e vice-versa”.
Por isso, na hora de comparar e chegar a fazer cobranças do seu parceiro é importante estabelecer quais são as qualidades mais importantes para você e os defeitinhos toleráveis, sabendo abrir mão de algumas coisas e não buscar alguém ideal, porque certamente ele não existe. E até mesmo chegar se perguntar: onde eu também erro?
*nome fictício
Por Juliana Lopes